segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Como se livrar de um vampiro apaixonado



Existem livros que ganham você pela capa ou pelo título. E livros que repelem à primeira vista ou pela capa ou pelo título, às vezes até pelo autor.
Como se livrar de um vampiro apaixonado, de Beth Fantaskey, da Editora Sextante, representa o segundo caso.
Eu achava se tratar de uma paródia de livros de vampiro, outro "Opúsculo" da vida. Nada contra tais livros, apenas não tenho paciência ou interesse em ler algo que não tem história própria, apenas é construída em cima de outra. O título matava meu interesse até de ler a sinopse. O original chama-se Jessica´s Guide to Dating on the Dark Side (Algo como o Guia de Jessica para namorar no lado obscuro), ainda meio assim, mas bem mais próximo do que realmente se trata o livro.

Jessica Packwood leva uma vida normal em um propriedade rural na Pensilvânia, tendo uma melhor amiga e um garoto por quem é interessada. Para ficar mais normal ainda, é importunada pelo valentão da escola e a líder de torcida. Apesar de tudo, ela sabe que sua origem não é assim tão normal: foi adotada na Romênia e seu antigo nome é Antanasia.
Sua vida muda quando um europeu metido à besta aparece e alega que ambos são príncipes vampiros de clãs rivais que foram destinados a se casarem um com o outro a fim de selarem a paz. Só em ouvir "vampiro", Jessica surta. E pra piorar, seus pais admitem que sempre souberam do fato e hospedam o estranho e bonito Lucius Vladescu em casa, sob o disfarce de um aluno de intercâmbio. Ainda se recusando a acreditar naquela história, Jessica passa a conviver diariamente com Lucius na escola e diretamente na sua vida, atrapalhando até mesmo seu romance com Jake Zinn e começa a sentir algo diferente e novo no seu coração. Resta saber se ela aceitará a história absurda com Lucius e se unir a ele ou optará pela vida tranquila ao lado de Jake.

Esse livro foi surpreendente. Principalmente pela relutância da protagonista em aceitar o vampirismo como algo comum e desejável, o que não acontece na maioria dos livros de vampiro que empilham as prateleiras das livrarias. Jessica é comum, se sente gorda, é atormentada pelos idiotas do colégio, tem pais vegetarianos muito engraçados, uma melhor amiga que sempre lê a Cosmopolitan ( A Nova por aqui) e uma paixonite por Jake, que mora na fazenda vizinha. Porém, a presença de Lucius não é imposta pela autora como a resolução dos problemas da jovem logo no início, como os perfeitos vampiros de outros livros. O ar esnobe, as vestes antiquadas numa escola e o papo de casamento não me conquistaram de início e achei que a história iria terminar com aquele vampiro levando um pé na bunda de maneira cômica.
Mas tanto Jessica quanto Lucius foram desenvolvidos ao longo do livro. O último ensina a Jessica como a valorizar a si mesma, seu cabelo cacheado, seu corpo bonito por ter curvas e a ter orgulho de si mesma, como rainha. E realmente a protagonista evolui a ponto de percebemos claramente essa mudança gradual, no final. Lucius revela um lado sarcástico, bem-humorado, consciente dos costumes à sua vontade e definitivamente intenso e misterioso. Tem horas que você se pergunta o que ele pode estar pensando, por que está fazendo isso e até xingá-lo!
A história começa engraçadinha, bem high-school e amadurece a partir da protagonista, chegando ao desfecho final de modo sombrio e apaixonante.
O livro não é um best-seller, nem tem a escrita mais elegante de outros escritores, mas te envolve do começo ao fim e termina com uma sensação boa de quem leu um romance gostoso e espera pelo próximo. Fazia tempo que não mergulhava num livro em poucas horas e isso se deve pela maneira pouco usual de conduzir uma história de vampiros, colocando a mocinha para ter atitude e amor próprio.
O próximo volume é Jessica Rules the Dark Side e não vou dar muitos detalhes para não soltar nenhum spoiler, mas espero ansiosa para ler.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Crítica: Água para Elefantes (Livro e Filme)

De início, não fiquei com vontade de assistir Água para Elefantes e nem de ler o livro. A antipatia que senti ao ver Robert Pattinson fazendo par romântico com Reese Witherspoon superou qualquer história que fosse legal. Mas de qualquer maneira, acabei lendo o livro e qual a supresa? Era realmente bom. Mas vamos aos comentários:


O Livro de Sara Gruen

A capa do livro que eu li é a mesma do filme, da editora Arqueiro, e ( embora eu não goste de ver capas de filmes em livros) devo dizer que é muito linda e inspira uma boa leitura. O livro mostra a vida de Jacob Jankowski, um senhor de 93 anos que mora em um asilo. Com o que acontece na instituição, ele relembra a trajetória de sua vida, ao perder os pais, ficar sem moradia pelas dificuldas financeiras, largar a faculdade de veterinária e pular para dentro de um trem do circo dos Irmãos Benzini. A descrição da autora é minuciosa e ficamos sabendo como funcionavam os circos nos anos 30, até detalhes sobre separação entre artistas e trabalhadores até mesmo o fato que havia uma tenda para dançarinas que se prostituíam a quem pagasse mais. Mas assim é a vida do circo e Jacob acaba se tornando veterinário do lugar. Assim, ele conhece Marlena, a domadora de cavalos e esposa de August, um dos homens mais poderosos (e perigosos) do lugar. E o mais fofo é Rosie, a elefanta (ou elefoa, as opiniões meio que divergem sobre isso) que não obedece ninguém, mas é incrivelmente carismática, que conquista o coração de Jacob e Marlena.
O bom do livro é que não só um romance, mas a história de uma vida, contada através das memórias de um idoso que sofre pelas restrições da idade e o tratamento insosso do asilo.O final é inesperado e fica a critério do leitor gostar ou não. Posso dizer que gostei,

O filme

O longa-metragem começa pelo final do livro, o que dá um bom efeito narrativo para a linguagem cinematográfica, embora a vida e as reflexões do asilo se percam nessa escolha. Robert Pattinson apenas cumpre a função de pelo menos parecer o personagem, não tentando ir muito além disso. A personagem Marlena é modificada para o filme parecer "romance entre mulher casada e experiente com rapaz ainda ingênuo", com a própria contratação de Reese Witherspoon( Que na minha opinião, está ótima) que é mais velha que Pattinson.Enquanto no livro, Marlena é de origem rica e mais nova que Jacob, apesar de ser casada, no filme ela é orfã, que casa com August como uma tábua de salvação e adora a vida do espetáculo. Acho que no geral o filme é bom, mas pelo livro, poderia ter sido uma obra-prima se caísse nas mãos de outro diretor. Os destaques vão para Rosie, é claro, uma verdadeira acrobata em cena, mesmo sendo um elefante enorme e Christoph Waltz, que fez de August mais um de seus vilões fascinantes( É só lembrar de Bastardos Inglórios).

No final das contas
: O livro superou o filme. Eu recomendo ler o livro antes, porque ao assistir o filme a pessoa pode pensar que o livro não fará muita diferença, mas faz, viu?

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Era uma vez...

Sem postar nada há meses ( Culpa dos estudos, não minha...), descobri uma série interessante. Se ela continuará sendo ou não, é algo que não posso saber, mas que me chamou a atenção e resolvi postar aqui.
Todo mundo sabe que os temas mais recorrentes em séries são adolescente, advogados, médicos, policiais e livros da L.J.Smith (The Vampire Diaries e The Secret Circle), mas ninguém (Pelo menos que eu soubesse) fez algo sobre.... contos de fada!
Duas séries foram lançadas com essa temática: Grimm e Once Upon a Time.
Não assisti Grimm, de modo que só posso falar do segundo.
Estrelado por Jennifer Morrison (A Dra. Cameron de "House" e a Zoey de "How I Met Your Mother") que interpreta Emma, uma mulher que depara com um menino na sua porta dizendo que é seu filho. Para piorar, o menino (Que realmente é filho de Emma, abandonada na adoção, dez anos antes) diz que sua cidade é habitada por personagens de contos de fada, que sofreram uma maldição da bruxa malvada e foram presos nessa realidade sob o disfarce de pessoas comuns, sem se recordarem de nada.
Esse é a história resumidissima da série. Pode parecer infantil e ridícula, mas é no mínimo, curiosa. Quem já teve a infância lendo os livros dos irmãos Grimm certamente relembrará de muitas figuras nessa série, como o onipresente Príncipe Encantado, Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve,etc.
Once Upon a Time é doce, sem medo de mostrar contos de fada no meio de várias séries polêmicas e despertando a curiosidade de quem assiste o primeiro episódio. Se conseguirá exibir a temporada completa, só o tempo dirá, mas os contos de fada estão mesmo chegando com tudo. Não só nas telinhas, mas nas telonas também, com o clássico "Branca de Neve" em vias de ser realizado, estrelado por Julia Roberts, no papel da Bruxa Má.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Os 5 melhores escritores

Sendo hoje o dia do escritor, a data não pode ficar restrita aos nomes da Literatura, mas se estender a todos nós, escritores amadores, blogueiros, jornalistas e por aí vai...
Mas como citar o nome de escritores que não circulam na Literatura mundial seria complicado por que até mesmo citar todos os que estão presentes nela seria inviável, fiz uma listinha dos meus escritores favoritos( Sendo uma lista pessoal, fica meio esquisita por não ter escritores brasileiros, mas gosto é gosto..) , que são o alento nos dias de tristeza, a alegria que nos contagia e a inspiração que permeia nossa existência.Note que aqui não coloquei nenhum escritor contemporâneo, porque senão a lista ficaria enorme. Aqui vão eles:

Jane Austen(1775-1817)
Escritora de um dos meus romances favoritos de todos os tempos, Orgulho e Preconceito, Jane Austen escreveu numa época de rigor de conduta, fazendo com que seus livros não tenham cenas de beijo, o que não a impediu de criar romances inesquecíveis, com personagens peculiares e um senso de análise fortíssimo. Jane, no entanto, nunca se casou por não poder se casar com um rapaz cuja família não a queria por motivos financeiros.Os livros são recomendados para quem quer se apaixonar por um livro.



Oscar Wilde(1854 -1900)
Escritor do famoso O Retrato de Dorian Gray, viveu plenamente na sociedade literária e casou-se com uma mulher rica, Constance Llyod. Suas peças são as minhas favoritas, em que ele com um humor único critica astutamente a sociedade hipócrita rica de maneira discreta e divertida. Dentre as peças, estão: O leque da sra.Windermere e a Importância de ser Prudente; Além disso, ele escreveu romances e histórias infantis. Envolvido num escândalo pela descoberta de sua homossexualidade, ele passou dois anos na prisão, onde sua alegria e saúde se esvaíram para morrer pouco tempo depois de ser libertado.Livros recomendados para quem quer rir e se impressionar com o luxo.



Emily Brontë(1818-1848)
Uma das famosa irmãs Brontë, Emily escreveu uma única e inesquecível obra-prima O Morro dos Ventos Uivantes, que não foi bem compreendido na época, mas figura como uma das maiores obras da Literatura romântica, com seus personagens amargurados e vingativos, uma atmosfera tenebrosa, tensa e sombria, sobre um amor maldito e imortal. A autora nunca casou e morreu cedo. Livro para quem quer conhcer uma história de amor fora do habitual romântico fofinho.




William Shakespeare (1564-1616)
O maior nome da Literatura mundial não podia deixar de figurar aqui. Mestre de obras imortais como Hamlet,Romeu e Julieta, Macbeth, dentre outros, Shakespeare escreveu as mais épicas tragédias, mas comédias muito boas, na sua literatura escrita em forma de peça(Uma vez que ele não escrevia em romances, mas para sua trupe, sendo suas peças reunidas e publicadas em formato de romance posteriormente à sua morte). Casado com Anne Hathaway (Sim, a atriz tem esse nome por causa dela), o dramaturgo abandonou tudo para viver do Teatro, chegando a encenar peças e escrever sonetos para as figuras mais ricas da Inglaterra.Livros para quem gosta de sonetos, solilóquios e grandiosidades teatrais.





Charlotte Brontë (1816-1855)
Autora do famoso Jane Eyre, Charlotte era uma das literárias irmãs Brontë e seus livros contém um ar sombrioe tenebroso, embora ela ouse um pouco mais (para a época) no romance. Chegou a casar e ter filhos, mas também faleceu muito nova, antes dos quarenta anos.Livros para quem gosta de um atmosfera sombria no romance.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Cinco "amigos" que você encontra na vida

Em homenagem ao Dia do Amigo"(Que foi ontem), eu poderia escrever um post sobre como nossos amigos(os verdadeiros!) são especiais, como eles enchem nossa vida de alegria e nos dão um motivo maior para seguir em frente...Mas como eu já disse isso agora mesmo, posso falar daqueles que aparecem em maior número na nossa vida: os "amigos".Isso, com aspas mesmo. Porque só depois de anos você percebe que seus verdadeiros amigos eram dois ou três, mas os "amigos" eram muitos... Muito agradáveis, charmosos, eles nos conquistam com declaraçõezinhas de amizade e convites pra festas.
Vamos conhecê-los?

O Fofoqueiro
Na verdade, seria melhor dizer as fofoqueiras. Mais conhecida no universo feminino, essa espécie se aproxima sorrateiramente da vítima em busca de companhia, ouve seus segredos com olhos compreensivos, leves acenos de cabeça e uma batidinha no ombro. E há também a velha frase utilizada para tranquilizar a vítima antes do golpe fatal:"Pode deixar, eu não conto pra ninguém". No dia seguinte, a vítima vê seu segredo espalhado aos quatro cantos do colégio(ou da faculdade, ou do trabalho, ou da igreja...) e prepara-se lentamente para morrer de vergonha. As fofoqueiras, hábeis caçadoras, logo se juntam a outro bando e até mesmo reconquistam antigas vítimas com a promessa de apresentá-la para o cara gato que surgiu.


O Bajulador
Essa espécie é encontrado tanto no gênero masculino quanto no feminino. No masculino, a espécie segue o bando de um indíviduo com popularidade e imita tudo o que o líder faz, levando para a própria vida suas ideias, esquecendo de viver a própria. É também comum o bajulador não ter sucesso com o sexo feminino e por isso idolatrar meninas que procuram sua companhia quando estão sozinhas no MSN, sem carona ou quando levam um fora. No gênero feminino, a bajuladora segue a líder de um bando ou uma menina que exerça um forte poder de influência. Com isso, a "amiga" copia suas roupas, ri de suas piadas, faz declarações de amor pelo Facebook, depoimentos no Orkut e pede a opinião da líder até mesmo em situações em que tenha maior conhecimento. Essa espécie é do tipo parasita, que impede a vítima de crescer enquanto a cerca de elogios.

O Oportunista
Também encontrado nos dois gêneros, o oportunista, no sexo masculino, aproveita-se da vítima quando a mesma possui um carro, para assim levá-lo a baladas. A espécie procura andar com caras cheio de contatos, que sempre andam de balada a balada, costumam ir para casas de praia com garotas. O oportunista também se apresenta na faculdade ou no colégio nas vésperas de prova, grudando na vítima com maior poder intelectual. No gênero feminino, a oportunista procura as garotas que saem para baladas, têm maior poder sobre os caras, têm carro, são bonitas e podem apresentá-las a pessoas interessantes.Você reconhece um oportunista quando você perde o que o atrai, seja o carro, seja quando a época de provas acaba, seja quando você deixa de andar com os caras legais.Essa espécie é pior que o bajulador, pois suga o máximo de energia para depois abandonar a vítima tão depressa quanto surgiu.


O Invejoso
Uma das piores espécies de "amigo", podendo ser encontrada tanto no gênero masculino quanto no feminino. Uma evolução do bajulador com oportunista, o invejoso, no gênero masculino, mostra-se sutilmente, cercando a vítima como o bajulador e o fofoqueiro, prestando atenção nos amigos dele, das garotas com quem ele sai, no emprego, para depois puxar o tapete. Com o gênero feminino ocorrre algo parecido, mas a invejosa faz pior, chegando a criticar aquilo que acha mais bonito na sua vítima, como o corpo, a risada, o namorado, etc, fazendo a vítima se sentir horrível consigo mesma. O invejoso é uma espécie perigosíssima.

O Galinha
Presente no gênero masculino e feminino, o galinha causa menos transtorno no gênero masculino, que releva seu comportamento, ri dele e só nota o perigo quando a espécie ameaça ficar com alguma ficante do "amigo". No gênero feminino, a galinha atrai vergonha para suas "amigas", apresenta caras ridículos a elas, coloca-as em situações contrangedoras e só volta a se interessar pela "amiga" quando ela tem algo interessante a dizer sobre sua vida sexual.





segunda-feira, 18 de julho de 2011

Um Não-Adeus a Harry Potter

Nesse sábado dei adeus a um velho amigo, munida de pipoca e óculos 3D. Confuso? Não para quem acompanhou a saga Harry Potter durante dez anos. Durante uma década, acompanhei Harry, Rony e Hermione na suas aventuras até a despedida final nesse maravilhoso último filme.

Mas como toda história tem um começo, assim como muitos outros, eu tenho a minha. Ao dez anos, Harry Potter e a Pedra Filosofal era um livro aparentemente enorme, que eu não tinha certeza se conseguiria ler.Achava que seria um livrinho qualquer, daqueles que se pega na biblioteca do colégio e esquece anos após a leitura. Mas não esse. Fui mergulhada num mundo fantástico, repleto de personagens fascinantes e aventuras inesquecíveis.Tanto é que depois eu ficava com aquela vontade de receber a carta de Hogwarts quando completasse onze anos. Só hoje percebo que, sim, eu recebi aquela carta.

Não foi uma carta me convidando para Hogwarts, mas para um mundo além dos portões do castelo e infinitamente fascinante, no qual sempre me aventuro: O mundo da leitura.
Harry Potter me deu uma carta de convite, um verdadeiro passaporte, ao mundo dos livros. Com ele, viajo até hoje em páginas distantes, repletas de perigo, emoção, tristeza, risadas e muita aventura. Sempre que posso visito aquelas páginas perfeitas escritas por J.K.Rowling, onde sou recebida calorosamente por antigos conhecidos.

Assistir Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 2 encerra uma década da minha vida e ao mesmo tempo me diz que esse não é um adeus completo. As palavras de Rowling sempre estarão ali, disponíveis, abertas a receber novamente a visita daqueles que foram seus alunos de leitura. Outras sagas serão descobertas, outros personagens serão conhecidos, mas sempre teremos a certeza de encontrar o conforto de uma infância com Harry Potter, em Hogwarts, na Toca,em Hogsmeade, no mundo da magia.

E posso dizer, por fim, que o filme se encerrou de maneira digna. O longa mostrou que duas partes foram absolutamente necessárias para mostrar o drama do enredo e o desenvolvimento das relações do personagens.Cenas de ação perfeitas, um pouco atenuantes em relação às mortes que ocorrem(Obviamente para conseguir uma censura menor), trilha sonora de acordo com tudo e inclusive aquela velha melodia composta por John Williams que embalou as aventuras de Harry nos primeiros filmes. O destaque da ação, além do embate de Harry e Voldemort foi a atuação de Snape( E Alan Rickman), que com certeza emocionará aqueles que já leram o livro e surpreenderá os que não leram.

Por fim, como esse post já se estendeu demais, encerro aplaudindo essa impressionante saga cinematográfica, a inesquecível saga literária, sua inteligentíssima autora e dando meu não-adeus ao bruxinho mais famoso de todos os tempos.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Persuasão -Jane Austen


O enredo deste empolgante livro gira em torno dos amores de Anne Elliot que se apaixonara pelo pobre, mas ambicioso jovem oficial da marinha, capitão Frederick Wentworth. A família de Anne não concorda com essa relação e a convence romper seu relacionamento amoroso. Anos após Anne reencontra Frederick, agora cortejando sua amiga e vizinha, Louisa Musgrove.

Um dos melhores livros da Jane Austen que já li, Persuasão conta a história de um amor alvo de preconceitos de nobreza e que resiste anos. Anne Elliot é a primeira protagonista de Austen que não está na flor da idade (Pelo menos para aquela época), tem por volta de uns 27 anos, não tendo portanto, muitas perspectivas de casamento. O protagonista masculino, Frederick Wentworth, também se difere dos outros livros da autora por não ser nobre de nascença e conseguir sua fortuna através do próprio esforço, coisa impensável para a nobreza da época. Apesar da separação, os dois ainda são apaixonados um pelo outro tendo mais uma vez o orgulho impedindo seus caminhos.
A obra é de uma leitura fluida, um pouco confusa para quem nunca leu Jane Austen (Com muitos personagens e repetição de alguns nomes), mas prova o valor da obra da autora e mostra porque ela é um dos nomes mais marcantes da Literatura Inglesa.
Anne Elliot é uma personagem que irrita às vezes por sua paciência infinita com sua família fútil e preconceituosa e a devoção à orgulhosa Lady Russell( Uma personagem que não me cativou nem um pouco), mas torna-se apaixonante por sua racionalidade (Semelhante à de Elinor Dashwood, de Razão e Sensibilidade) e inteligência.
Frederick Wentworth cativa pela sua independência, beleza e força de caráter, sendo um dos protagonistas mais ativos e com mais personalidade dos livros da autora, assemelhando-se um pouco ao inesquecível Sr. Darcy de Orgulho e Preconceito por seu orgulho rancoroso. Ele irrita nos momentos que esse orgulho o faz dar atenção às Musgrove ainda mais irritantes, para depois mostrar o arrependimento por tais atos.
Os demais personagens são descritos de forma tão realista que praticamente podemos reconhecê-los em conhecidos nossos, nas suas manias, futilidades, exageros e amabilidades.
Enfim, a obra é linda, o romance é doce e envolvente, daqueles que não precisam sequer de um beijo para emocionar quem quer que leia.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

As melhores trilhas sonoras de filme

Depois de muuuito tempo sem postar (eu admito), pensei num post que queria fazer há muito tempo e aqui está ele:
As cinco melhores trilhas sonoras não- instrumentais de filmes não-musicais. Confuso? Poderíamos falar de trilhas instrumentais belíssimas ou de filmes musicais que marcaram época, mas não neste post. As melhores trilhas sonoras em relação à escolha das músicas, dos cantores, dos momentos certos,etc. Com todos os pré-requisitos acertados, o filme pode até ser mediano, mas conquista pela trilha. Vamos dar uma olhada:


Segundas Intenções

Estrelado por Ryan Philippe, Sarah Michelle Gellar e Reese Witherspoon, o filme tem um trilha sonora moderna, urbana, maliciosa e marcante, combinando com a história de Sebastian e Kathryn, dois jovens ricos que passam por cima de todos para satisfazerem suas vontades, até o dia em que Kathryn desafia Sebastian a seduzir a inocente Annette, o que muda suas realidades para sempre. O longa já começa com "Every Me And Every You" do Placebo, mostrando o protagonista arrogante, rico e inescrupoloso de um modo estiloso. O ar arrogante e malicioso dos personagens continua com "Ordinary Life" de Kristen Barry e "Praise You" de Fatboy Slim. A trilha tem seus momentos cute com "Lovefool" do The Cardigans e românticos com "Colorblind" dos Couting Crows. Mas a melhor cena do filme, a do final, torna-se inesquecível com "Bittersweet Simphony" do The Verve. Uma trilha sonora super recomendável.

Romeu+Julieta

Estrelado por Leonardo Dicaprio e Claire Danes e dirigido pelo peculiar Baz Luhrmann, a trilha sonora desse filme mistura o clássico presente na obra imortal de William Shakespeare com o moderno e despojado da Califórnia que serve como cenário do filme. O filme começa com o clássico de tirar o fôlego "O Verona", por Craig Armstrong, na sequencia em que os Capuleto e os Montecchio trocam tiros. Mas como se trata de uma adaptação moderninha, o filme traz "Crush" do Garbage, a fofíssima "Lovefool"(citada acima) do The Cardigans e a romântica "Kissing You" de Des´rée, que marca a linda cena em que o casal se vê pela primeira vez, no baile da casa dos Capuleto. A trilha tem passagens animadas com "Young Hearts Run Free" de Kym Mazelle, interpretada no filme por Mercutio travestido de mulher, "You And Me Song" do The Wannadies, mostrando um lado ensolarado e feliz na obra trágica. Outras músicas marcantes são "Everybody´s Free" de Quindon Tarver e uma participação especial de Mozart com sua Sinfonia n°25. Ufa! A trilha sonora desse filme é impecável, daquelas de querer ouvir várias e várias vezes.

10 Coisas Que Eu Odeio Em Você
Idolatrado por 8 entre 10 pessoas que eu conheço, esse filme adolescente marcou a época em que os filmes adolescentes eram realmente bons e com boa trilha sonora. Esse filme, estrelado por Julia Stiles e o então iniciante Heath Ledger, uma também adaptação moderninha de uma obra de Shakespeare, desta vez uma comédia, a Megera Domada. Mas ao contrário de Romeu + Julieta, o filme é completamente moderninho e a trilha sonora mistura rock, músicas fofas e com alto-astral. Prova disso é a presença novamente do The Cardigans novamente com "War", a "banda favorita" de Kat tocando no baile de formatura "C´mom" ( de Letters to Cleo),a música do final, sendo tocada do alto do prédio " I Want You to Want Me" também de Letters to Cleo e claro, a melhor cena do filme, Heath Ledger cantando "I Can´t Take My Eyes Off You" para Kat, com uma orquestra, para tentar reconquistá-la. Trilha para ouvir e se lembrar do filme.



Um Crime Entre Amigas



Estrelado por Rose McGowan, Julie Benz e Rebecca Gayheart, o filme mostra as patricinhas como protagonistas e o seu cruel mundo de grife( Bem antes de Meninas Malvadas). Como esse é o clássico filme das garotas bitch, o rock permeia toda a trilha sonora. Desde Scorpions ("Rock Like a Hurricane") a The Donnas, banda de rock feminino ainda não conhecida muito no Brasil, com "Rock´n´roll Machine" e "Checkin´out". A maioria dos cantores são desconhecidos no Brasil, mas só em assistir o filme você já se sente motivado pela trilha sonora.Uma curiosidade: o cantor Marilyn Manson, namorado de Rose McGowan(!!!) na época, participou do filme, mas não cantou na trilha.

Forrest Gump - O Contador de Histórias

Filme inesquecível, estrelado por Tom Hanks, tem uma trilha sonora nostálgica e que encaixa tão bem que nos deixamos embalar pela música e esquecemos quantas músicas o filme tem. Tem Elvis Presley (Hound Dog), The Doors ( Hello, I Love You e People Are Strange), Bob Dylan(Blowin' In The Wind), a inesquecível "California Dreaming" do The Mamas and the Papas, a comprida "Free Bird" de Lynard Skynard e muitas outras.


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Uma surpresa de chick-lit!


Eu já tinha assistido os dois filmes de 4 Amigas e Um Jeans Viajante, mas não passou pela minha cabeça,na época do lançamento, de ler os livros. Resolvi fazer isso agora e só agora descobri como Ann Brashares se tornou uma escritora super notável pra mim. Comecei pelo primeiro, A Irmandade das Calças Viajantes -Ann Brashares:

Tibby, Lena, Carmem e Bridget são amigas inseparáveis desde que suas mães, aos estarem grávidas delas, ficaram amigas na aula de ginástica. Desde então, as quatro diferentes garotas nunca se desgrudaram e são fiéis confidentes. Até que em um verão seus caminhos a levam para lugares diferentes. E tudo o que as une são calças que milagrosamente servem em todas elas. Criando a Irmandade das Calças Viajantes, elas encontram um meio de partilharem experiências, amizade e é claro, as calças mágicas.

Não sou lá essas coisas em resumo, mas este livro é muito bom. Não mais um daqueles livros sobre amizade incondicional de garotas e todas as loucuras cometidas por elas. Ele fala sobre isso sim, mas não se detém. As personagens tem personalidades muito diferentes e cada uma é explorada de maneira sensível e inteligente. Carmem é porto-riquenha, mais cheinha e estourada e fica em choque ao descobrir, durante as férias sonhadas ao lado do pai divorciado, que ele irá se casar com uma mulher americana perfeita que tem dois filhos perfeitos.Ela passa a se sentir excluída e angustiada. Lena é linda, mas tímida e numa viagem à casa dos avós na Grécia, conhece Kostos, mas após uma confusão, ela passa a não saber o que fazer sobre seus sentimentos pela primeira vez.Bridget é extrovertida, agitada e vai para um acampamento de futebol feminino, onde tem uma paixão pelo treinador gato e quer consquistá-lo a todo custo. Indo até consequências que ela não imaginava. E Tibby passa as férias num trabalho maçante, onde conhece uma menina de doze anos com leucemia que fará com que mude seus pensamentos acerca de tudo.

Cada história é desenvolvida de forma legal, divertida e no final,emocionante. Ann Brashares conseguiu levar o livros adolescentes femininos( chick-lits) a outro nível, o que me faz gostar dela cada vez mais como autora.

Um dos melhores livros do gênero , leitura merecidíssima.

Novas descobertas!


Passando os olhos pela livraria, vi esse livro: Sociedade Secreta 01-Rosa e Túmulo, de Diana Peterfreund. Adorei a sinopse.

Amy Haskel é editora do jornal da faculdade e acredita que deverá se juntar a uma sociedade literária, a Pena & Tinta, quando é convovada pela misteriosa e lendária, Rosa e Túmulo, que até então só chamava homens e esses se tornavam os profissionais mais influentes dos EUA. Obrigada a manter segredo sobre sua sociedade, Amy se mete em confusões com os amigos mais próximos e se envolvida nos perigosos jogos de poder de uma das sociedades secretas mais influentes.

Primeiramente Amy Haskel é uma daquelas mocinhas diferentes, pouco inocentes (Se é que me entendem), fala o que lhe vier à mente e não tem ilusões românticas como as mocinhas dos livros mais famosos.Ainda assim, sua vida amorosa é bastante agitada e não te impedem de torcer pela felicidade de uma protagonista que só curtir a vida e lidar com as complicações de uma sociedade machista, dividida entre aqueles que apóiam as mulheres e outros que fazem de todas para expulsá-las. O livro é muito bem escrito, esclarece alguns pontos sobre faculdades norte-americanas que são citadas nos outros livros como se todo mundo já conhecessem como funcionam. Os personagens são francos, não tem aquelas frescurinhas dos colegiais, admitem fraquezas, tratam de temas como sexo, bebedeira, amizade e homossexualismo de uma forma como estudantes de faculdade realmente tratam sem deixar de tornar a narrativa atraente e fácil de ler.

Recomendo a leitura e pretendo ler a continuação!