sábado, 24 de julho de 2010

Diamantes em nossas vidas




O Dia do Amigo já passou, mas decidi fazer um post sobre isso assim mesmo.
Antigamente, eu passava mensagens fofinhas no Orkut para a maioria dos meus "amigos" durante esse dia.
Mas, como eu disse, isso era "antigamente",há muito tempo atrás...
Hoje em dia, eu noto que o tempo foi um senhor selecionador. É como se o tempo fizesse uma triagem ao longo dos anos. E, preciso dizer, é uma triagem dura, da qual poucos passam no teste.
No colégio, você acha que tem uma porção de amigos. Se ele persistirem seus amigos depois do colégio, isso é bom, se depois de dois anos ainda continuarem seus amigos, é porque sua amizade realmente passou no teste do tempo.O mesmo vale para a faculdade e a troca de semestres, em que várias pessoas entram e saem de nossas vidas.
Só durante este Dia do Amigo eu parei para pensar em quantos amigos realmente tenho.Colegas tenho muitos ainda.Mas amigos? Poucos, muito poucos. Muito menos do que achei que tinha no ano passado e menos ainda do que ano retrasado. Mas se a gente parar pra pensar, quem tem amigos de verdade, perdoe-me o clichê, tem muita coisa.
Amigos que ficam ao seu lado, amigos que não precisam fazer declaraçõezinhas no Orkut ou Twitter a cada dois dias, amigos que continuam seus amigos mesmo não tendo atividades em comum, amigos que se mantém fiéis e em contato, amigos que te procuram em épocas de tristeza e de alegria, esses amigos, bem, são tão raros quanto diamantes.
Isso é meio que de senso comum, mas agora eu realmente percebi.
E realmente sou grata aos (poucos) verdadeiros amigos que tenho.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A Era da Comunicação


Por esses dias, eu senti na pele o quanto a organização da minha vida depende de informação e comunicação, em dois pequenos, mas significativos fatos.
Uma amiga fez uma peça de teatro na própria casa dela, com grupo de teatro e tudo e eu não fui porque...passei dois dias sem ver meus recados do Orkut.
E um mais importante (E recente), não fiquei sabendo que teria aula (E uma apresentação minha) num certo dia.Tudo por quê?Porque a professora resolveu confiar que leríamos o nosso e-mail todos os dias, inclusive o fim de semana.E deu no que deu.
Orkut, e-mail, site de notícias, Msn, boca-a-boca...Tudo é comunicação. E tudo é essencial.
Porque se não tivéssemos esses mecanismos, não saberíamos ao certo o horário de verão, as eleições, o último escândalo da mídia, o mais novo namorado de fulaninha, se vai ter aula ou não...
Relevante ou não, fútil ou não, tudo é informação e dela dependemos para acertamos as menores coisas da nossa vida.
Sem comunicação, perdemos o contato com tudo, até com quem amamos...
E não porque farei Comunicação Social que escrevo esse post.
É simplesmente uma observação simples do nosso dia-a-dia.
Você conseguiria sobreviver sem informação?

domingo, 18 de julho de 2010

Uma passadinha no teatro...





Para fugir um pouco dos posts sobre cinema, vou postar algo sobre a vida cultural.
Gosto muito de teatro, embora eu não vá para tantas peças quanto gostaria. E, embora gostar de teatro, infelizmente não sei de toda programação que passa nos teatros, mas sei que o Sesc tem peças durante a semana, a partir das 20hs e já me disseram que são muito boas.
Mas quando fico sabendo de alguma peça realmente boa...
Esse mês terá duas estréias pra lá de legais.
A primeira será a inauguração do teatro do Shopping Via Sul, com a peça Mente Mentira com Malvino Salvador, Fernanda Machado, Thiago Fragoso e Malu Valle, baseado no texto do norte-americando Sam Shepard.A história gira em torno de um casal que se separa, afetando as duas famílias.Dias: 23 e 24 (às 21h) e 25(às 19h).
A segunda será no Teatro Celina Queiroz, pelo Projeto Grandes Espetáculos, Mais Uma Vez Amor, com Deborah Secco e Erom Cordeiro.A história é sobre o "relacionamento" de Lia e Rodrigo, que, há muitos anos são próximos e casados...mas com outras pessoas.
Dias: 30 e 31 de julho e 1° de agosto.
Bom pra assistir!

O romantismo está voltando?



Ok, admito.Tenho uma quedinha por filmes românticos de época. Os de tempos atuais, a exemplo de Amor Para Recordar e Doce Novembro não sou lá tão fã assim.Até gosto de uns poucos como A Casa do Lago, mas quer saber?Filme de romance pra mim só presta se for em outra época.Mesmo que seja numa época próxima, tipo anos 70. Mas tem que ser de época.
O motivo eu não sei.Talvez eu ache o gênero tão...sei lá, "doce", que pra completar tem que ser acompanhado com o figurino próprio e tudo.
E o cinema me presenteou com dois ótimos filmes que ainda não tive a oportunidade de ver.

O primeiro é Brilho de uma Paixão(1° foto), que conta o romance do poeta famoso John Keats(Ben Whishaw), por sua vizinha, a estudante de moda, Fanny Brawne (Abbie Cornish). Tenho a impressão que o final não será dos mais felizes, mas preciso assistir pra ver.
O segundo, e o que tenho mais vontade de assistir é A Jovem Rainha Vitória(2° foto), que relata os primeiros anos do reinado da rainha Vitória (Emily Blunt) e o seu famoso romance com o príncipe Albert(Rupert Friend). O interessante é que foi um dos poucos casamentos reais feitos por amor e após ficar viúva, a rainha guardou luto pra sempre, ficando conhecida como a Viúva de Windsor.
Talvez essa minha paixão se deva ao contexto histórico, uma vez que sou fã de História e tenho um especial interesse pelas histórias dos monarcas ingleses.
De qualquer maneira, estando o cinema em uma crise de imaginação e tratando ótimas histórias com péssimos atores e roteiros mal-escritos, é uma oportunidade ótima se ver diante de tão boas promessas.Especialmente num momento em que os diretores confudem romance com pieguice e melodrama. Acredito na qualidade dos atores, numa bela fotografia e uma envolvente trilha sonora.Talvez o romantismo esteja voltando... e se estiver, eu espero que mantenha um padrão de qualidade.Lembrando que o último filme romântico de época que eu amei foi Orgulho e Preconceito, com Keira Knightley.
Apesar de os cinemas daqui de Fortaleza prefiram dar espaços aos blockbusters do momento, ainda tentarei encontrar um meio de assistir esses dois filmes.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Fones de ouvido à prova de adolescentes histéricas!


Quem me conhece sabe que eu sou fã de cinema e adoro livros...e tenho uma quedinha pelo gênero vampiro (Favor não me confundir com os emos ou os jogadores de RPG!). Então muita gente deve pensar: poxa, então você deve ser fã do Crepúsculo, não é?A lógica perfeita...
Mas não neste caso.
E sabe o que acho que me impede de gostar muito da saga(Isto é, além do estilo não muito bem escrito da autora, do melodrama e a ausência de personagens complexos)?Os fãs.
Os fãs da série que me perdoem, mas é a mais pura verdade.
Para quem curte livros e também livros de vampiros, ver aquela horda de meninas lotar uma livraria ou um cinema por causa de um best-seller do momento e porque o vampiro em questão foge totalmente do estereótipo do vampiro é meio frustrante.
Sem falar no que se deriva do livro. Alguém já viu a bizarrice da nova capa do livro O morro dos ventos uivantes? "O livro favorito de Edward e Bella".
Quando vi isso na livraria senti um aperto fortíssimo no coração.
O livro em questão é um dos maiores clássicos da literatura, escrito por Emily Brontë e repleto de amores verdadeiramente turbulentos e personagens complexos.Agora ele é simplesmente um anexo do fenômeno adolescente do momento.
Sinceramente, em que mundo vivemos?
Muuuito pior são aqueles que tentam comparar Shakespeare (Sim, o Shakespeare!) com Stephenie Meyer, por causa da citação de Romeu e Julieta no primeiro livro.
Olha, ninguém é obrigado a gostar de literatura e gosto não se discute, mas qualidade sim!
Seria muito bom que quem lesse os livros de Meyer realmente partisse para as leituras que ela indica no texto e passasse a conhecer os grandes nomes literários, ao invés de ficar limitado ao mundo dos best-sellers.
Mas não se engane, eu assisti os dois primeiros filmes e li os dois primeiros livros e posso dizer que é uma leitura até divertida, se lida sem compromisso ou grandes expectativas.E até pretendo assistir Eclipse, por ser um romance agradável de assistir.Mas sinceramente,o meu desabafo é por causa da histeria das fãs e o pior é que o livro (Nem o filme) merecem taaanta atenção assim!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Mal Posso Esperar!


Este ano eu li um livro maravilhoso: Comer, Rezar, Amar, de Elizabeth Gilbert.
Normalmente eu não sou muito simpática com mega best-sellers mas resolvi dar uma chance a esse.
E me apaixonei.
Sério, o livro é tão bom que você tem vontade de ler mais devagar pra não terminar logo.Bem, pelo menos pra mim.
O romance conta a história da própria autora que sai pelo mundo numa viagem de autoconhecimento, primeiro em busca do prazer (Representado pela gula, na Itália, de comer todas as delícias que puder), depois pela espiritualidade( Num retiro de meditação, na Índia) e por fim, ela encontra o amor, numa visita à Indonésia, que , por sinal, é brasileiro.
Numa linguagem sincera, divertida e profunda, Gilbert leva o leitor a uma viagem sensacional.
Adorei este livro,além do tema, pela abordagem da meditação e uma visão simples e profunda sobre a espiritualidade.
Sem falar, que dá uma vontade danada de comer pizza!
Agora, o filme vai sair!
E estrelado por ninguém menos do que Julia Roberts!Talvez saia esse ano.
De qualquer modo, tanto o livro quanto o filme são imperdíveis!

Vício detectado!


Há muito tempo ouvia falar de uma série médica chamada "House" e até tinha curiosidade de assistir( Embora deteste séries desse gênero, tanto é que nunca vi E.R, vulgo Plantão Médico ou Grey´s Anatomy), mas como não tenho Universal Channel, desisti da idéia.
Até que um dia, nas férias, sem vontade de dormir, a cena de uma mulher desmaiando me chamou a atenção na Record. Logo depois, veio a abertura. Decidi assistir.
O resultado é que até hoje, sou viciada nesse seriado, até consegui a 1° temporada pra assistir(Comecei da 3°).
Não sei o que mais gosto, se é dos casos em que médicos viram verdadeiros detetives da doenças, as ironias lançadas uns aos outros entre diagnósticos ou se o próprio House,um trabalho esplendoroso de Hugh Laurie( Curiosamente ele fez um personagem parecido no filme Razão e Sensibilidade, o sr.Palmer), que consegue misturar ironia, frieza, sensibilidade,humor e comentários mordazes numa criatura só.
Sou daquelas que adora ver o Dr.House passando por cima da burocracia pra salvar um paciente, embora eu não quisesse ser atendida por ele.
Será que as pessoas adoram ver outras quebrando regras, sendo antagonistas, pisoteando as certinhas?
Seria uma válvula de escape da realidade, em que somos o cidadão comum sujeito a leis?
De qualquer modo, eu acho que House é um excelente seriado para refletirmos sobre o nosso modo de enxergar as regras, as pessoas e depois de tudo isso, nós mesmos.
Será esse o motivo do meu vício?

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O show internacional do ano!


Pra quem aprecia boa música ou até para quem assistiu o filme Click (Com Adam Sandler e Kate Beckinsale) e se apaixonou pela música-tema do casal, é válido noticiar que:
Os Cranberries virão pra Fortaleza!
Segundo o site oficial da banda, www.cranberries.com, eles tocarão no dia 23 de outubro no Siará Hall.
Isso é um grande alívio para quem, como eu, esperou ter notícias dos tão comentados supostos shows dos Scorpions, Roxette ou até Bon Jovi.
Alguma dúvida de eu querer ir?

Contando Ninguém Acredita!





Muito revoltada por ter lido no blog do meu curso a desculpa esfarrapada de um ex- professor meu para não dar aula, resolvi fazer uma lista pra levar ao mundo histórias absurdas, cotidianas e até divertidas que se pode encontrar numa faculdade pública.Lembrando que isso não deve ser levado para denegrir o meu curso, que também possui ótimos professores, é apenas para registrar um desabafo.

Intoxicação por mofo
Recentemente uma colega minha quase foi parar no hospital e teve que tomar três remédios diferentes para se curar de uma intoxicação causada por...adivinha o quê?Nossa sala, que é totalmente sem janelas e provavelmente tem mofo no ar-condicionado.Sabe o que uma certa pessoa na coordenção disse para ela? "Ah, você tem sorte, minha filha.Da última vez que dei aula naquela sala, fui parar no hospital de fato.Hahaha".Sem exagero nenhum.E a sala foi trocada?Não. Agoora a professora vai dar aula no pátio antes que todos nós morramos por termos profanado a tumba de Tutancâmon, também conhecida como sala 16.

Professor popstar
Aproveitando o ensejo da introdução, vou falar de um professor, que será chamado aqui de W.C, que só deu 2/3 de aula no meu último semestre. Bom, se você estuda em faculdade pública, deve saber que essa situação é absolutamente normal, parecendo uma modinha até.O fato inusitado são as desculpas que o referido professor dava, que variavam as mais absurdas possíveis, levando-nos a pensar se ele tinha sido contratado por sua habilidosa imaginação(E talento para contar histórias)."Quebrei a perna ao encontrar um buraco ao descer do ônibus", "O teto da minha casa caiu" e "Não posso dar aula porque estou com insônia". Devíamos nos ter perguntado de onde saía tantas histórias.E recentemente descobri que o prof.W.C explora o seu talento para além das salas de aula: ele está em cartaz em peça conhecida por chocar o público por cenas de nudez excessiva. E , pasmem, ele também. Bom, eis o fato inusitado: qualquer estudante pode ter um professor que falta, mas um professor que falta para ensaiar(Bom, provavelmente é isso.É frustrante pensar em um professor faltando para ficar matando tempo em casa) uma peça à lá Teatro do Absurdo como veio o ao mundo? Essa superou com certeza.Mais uma para entrar na mente traumatizada e sofrida dos pobres alunos. Nota: A desculpa do momento é que ele está com conjutivite.É bom que esteja mesmo.Talvez algum estudante com raiva tenha um dom psíquico.

Protesto a favor da maconha
Para não me estender muito, esse é o último. Essa é do meu segundo semestre,mais ainda vale a pena contar.Segundo me disseram, a coordenação havia proibido que se fumasse "coisas" ilícitas na quadra.Resultado?Um protesto contra a proibição da maconha.Um estudante revoltado com as "arbitrariedades" da sociedade, tirou a roupa e ficou pelado protestando no pátio. Não sei o que se pretendia com a nudez (Poxa, Woodstock acabou faz tempo), mas ao que parece, a polícia foi acionada e não sei o que foi feito do jovem.Bem, essa é a juventude do país: lutando pelos seus direitos... Pra não dizer o contrário, né! Ainda bem que os sempre-incomodados com o cheiro da erva infestando algumas áreas resolveram não fazer um protesto contra o protesto.Precisariam improvisar uma tarja enorme para cobrir a faculdade inteira!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Bola fora!

Eu não podia deixar de comentar sobre a Copa.
Foi como um castelo de cartas soprado pelo vento.
Porque desde o começo todo mundo sabia que a seleção não era tão boa assim, pagou o maior mico no jogo da Coréia e de Portugal e ainda assim tínhamos esperança(Bem lá no fundo mesmo) que ele fosse vencer a Holanda.
E o resultado eu já antecipei só de ver o Mick Jagger no estádio...
Mas enfim, que bom que eu não gastei dinheiro comprando camisa da seleção, vuvuzelas ou comprando salgadinhos pra reunir o povo (Que nem minha vizinha que teve um preju danado).
Só fiquei no prejuízo mesmo pelos esmaltes verde, amarelo e azul que comprei.Ou nem tanto, já que o azul é a cor da moda...
Pra você ver o quanto essa Copa significou pra mim.
Pelo menos bem menos do que para os 22 milionários que não merecem nem um gota de nossas lágrimas.

No Escurinho do Cinema


Como nunca mais fiz um post do gênero, vou listar a minha opinião dos últimos filmes(na ordem que foram vistos) que vi no cinema:

Fúria de Titãs

Confesso que não fui com a cara desse filme no trailer.Muito barulho, muita pancadaria e pouca história, era o que eu achava.Mas taí, assisti, e me surpreendi.
Não é uma obra-prima original, uma vez que é um remake, mas ainda assim garante bons momentos de tensão no cinema.Bons atores como Ralph Fiennes( Sempre intepretando vilões),mais uma vez em parceria com Liam Nesson( Para quem não lembra, eles atuaram juntos em A Lista de Schindler) e até o mediano Sam Worthington (Que parece o novo Keanu Reeves da vez - pouco expressivo, mas marca presença atuando em grandes produções).Ótimos efeitos e, como sou fã de mitologia grega, foi bom rever a história de Perseu mais aproximada da realidade (Eu já tinha visto modificada em Percy Jackson). Vale o ingresso!

Toy Story 3

Há tempos eu esperava por esse filme.Pode parecer bobagem , mas foi o primeiro filme de animação que eu vi (Dãa, foi o primeiro lançado!) e que marcou minha infância.Passei minha vida lembrando de "Amigo, estou aqui" e das frases inesquecíveis do Woody, Buzz e companhia.Agora cresci e senti aquela vontade de ver meus companheiros de infância.
E olha, o filme não decepciona não. A abordagem moderna do universo de Toy Story garante boas risadas ao longo do filme ( O estilo metrossexual do Ken, os brinquedos entrando em salas de bate-papo na Internet...) e a maturidade dos personagens também.
Sendo um produto da Pixar que é garantia de boa bilheteria, poderiam ter relaxado no roteiro, colocado aventurazinhas aqui e acolá e abrir para um quarto filme (Como quase sempre é feito na indústria do cinema).
Mas não. O futuro de Woody e cia foi pensado com maturidade e emociona bastante no final, mostrando que os roteiristas não só querem agradar, mas também dar um desfecho (Sim, infelizmente um desfecho) digno à história. Vale o ingresso!

O silêncio que precede o mergulho

O que fazer quando algo que você esperou a vida inteira está prestes a acontecer?
Pode ser tanta coisa: um emprego maravilhoso, uma viagem dos sonhos, um evento inesquecível...
Pra mim é a chance de cursar Jornalismo.
Imagine você cursar quase três anos uma faculdade, com olhos para outra!
Nunca quis ser professora e o curso de Letras, por mais fascinante que seja a parte da Literatura, infelizmente toma esse rumo, por mais que as pessoas digam que não é bem assim. E tive mais essa certeza quando tive a experiência de dar aulas de reforço para mais de três crianças ao mesmo tempo. Percebi, então, que um trabalho cujo sucesso não dependia de mim, mas de quem eu ensinaria, não era a minha praia.
Esforcei-me como nunca para passar em faculdade pública(Eu não demoraria três anos se fosse para uma particular, maaas...).
E quando ouvi meu nome pelo rádio (Sim, porque a tecnologia fez o favor de me deixar na mão na hora do resultado), desculpe-me a expressão clichê, mas não pude acreditar.
Pra falar a verdade, ainda não sei se acredito.
Falta menos de um mês para minhas aulas começarem, mas ainda não consigo manifestar minha alegria. É claro que em algum lugar de mim mesma eu estou comemorando, só que ainda não me dei conta disso.
Então acho que minha mente está fazendo um período de silêncio, aguardando o grande momento.
Um momento de concentração, quase de meditação, em que todas as outras coisas são sem graça, que o curso de Letras é maçante e sem vida.
É como se minha vida estivesse congelada, ou melhor, eu estivesse congelada enquanto o mundo segue seu ritmo normal.E estou ali apenas olhando.
Mas é apenas uma preparação.
É apenas o silêncio que precede o mergulho em um sonho transformado em realidade.